Paróquia Sagrada Família

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Presidente Epitácio, São Paulo, Brazil
Horários de Missas: Segunda à Sexta feira 7:00 horas; Quinta-feira 19:30 horas; Sabado: 09:00 Missas com Crianças; Domingos: 07:00horas e 19:00 horas

domingo, 14 de setembro de 2014

Neste Domingo dia da Exaltação a Santa Cruz, tivemos a Santa Missa Celebrada pelo Padre Elias de Presidente Prudente.
Exaltação da Santa Cruz - com Próprio em vernáculo
 
 
 

Foto: [Mais lidos da semana] Exaltação da Santa Cruz - com Próprio em vernáculo

A verdadeira Cruz foi descoberta por Santa Helena, mãe do Imperador São Constantino. Roubada, depois, pelos persas, foi recuperada pelo Imperador Heráclio e apresentada solenemente aos fiéis. A festividade de hoje relembra esse fato da apresentação a todo orbe católico.

Na Cruz está nossa vitória! Deus seja louvado por a termos recuperado das mãos dos inimigos da Cristandade. Nos últimos tempos, eles não pretendem roubar a Cruz material, mas a nossa fé, nela enraizada.

http://www.salvemaliturgia.com/2011/09/exaltacao-da-santa-cruz-com-proprio-em.html



 




A verdadeira Cruz foi descoberta por Santa Helena, mãe do Imperador São Constantino. Roubada, depois, pelos persas, foi recuperada pelo Imperador Heráclio e apresentada solenemente aos fiéis. A festividade de hoje relembra esse fato da apresentação a todo orbe católico.

Na Cruz está nossa vitória! Deus seja louvado por a termos recuperado das mãos dos inimigos da Cristandade. Nos últimos tempos, eles não pretendem roubar a Cruz material, mas a nossa fé, nela enraizada.

http://www.salvemaliturgia.com/2011/09/exaltacao-da-santa-cruz-com-proprio-em.html



Exaltação da Santa Cruz
 
 

Foto: Exaltação da Santa Cruz

A Igreja universal celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz. É uma festa que se liga à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma foi construída sobre o Monte do Gólgota; por isso, se chama Basílica do Martyrium ou Ad Crucem. A outra foi construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado pelos discípulos e foi ressuscitado pelo poder de Deus; por isto é chamada Basílica Anástasis, ou seja, Basílica da Ressurreição.
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Segundo contam, o imperador levou a Santa Cruz às costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao Patriarca Zacarias, no dia 3 de Maio de 630. A partir daí a Festa da Exaltação da Santa Cruz passou a ser celebrada no Ocidente. Tal festividade lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de Deus.

cf.www.ecclesia.pt



A Igreja universal celebra hoje a festa da Exaltação da Santa Cruz. É uma festa que se liga à dedicação de duas importantes basílicas construídas em Jerusalém por ordem de Constantino, filho de Santa Helena. Uma foiconstruída sobre o Monte do Gólgota; por isso, se chama Basílica do Martyrium ou Ad Crucem. A outra foi construída no lugar em que Cristo Jesus foi sepultado pelos discípulos e foi ressuscitado pelo poder de Deus; por isto é chamada Basílica Anástasis, ou seja, Basílica da Ressurreição.
A dedicação destas duas basílicas remonta ao ano 335, quando a Santa Cruz foi exaltada ou apresentada aos fiéis. Encontrada por Santa Helena, foi roubada pelos persas e resgatada pelo imperador Heráclio. Segundo contam, o imperador levou a Santa Cruz às costas desde Tiberíades até Jerusalém, onde a entregou ao Patriarca Zacarias, no dia 3 de Maio de 630. A partir daí a Festa da Exaltação da Santa Cruz passou a ser celebrada no Ocidente. Tal festividade lembra aos cristãos o triunfo de Jesus, vencedor da morte e ressuscitado pelo poder de Deus.

cf.www.ecclesia.pt


sábado, 13 de setembro de 2014

13 de setembro fazemos memória deste grande Bispo e Doutor da Igreja.
Foto: 13 de setembro fazemos memória deste grande Bispo e Doutor da Igreja.


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Foto: O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Emérito Bento XVI, é incisivo em dizer (“O Sal da Terra”) : “Do que precisamos é de uma nova educação litúrgica, especialmente também os padres.”

A Instrução Redemptionis Sacramentum afirma ainda que todos tem responsabilidade em procurar corrigir os abusos litúrgicos, mesmo quando isso implica em expor queixa aos superiores. Diz o documento (n. 183-184):

“De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir este trabalho. Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice. Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade.”



O Cardeal Ratzinger, hoje Papa Emérito Bento XVI, é incisivo em dizer (“O Sal da Terra”) : “Do que precisamos é de uma nova educação litúrgica, especialmente também os padres.”

A Instrução Redemptionis Sacramentum afirma ainda que todos tem responsabilidade em procurar corrigir os abusos litúrgicos, mesmo quando isso implica em expor queixa aos superiores. Diz o documento (n. 183-184):

“De forma muito especial, todos procurem, de acordo com seus meios, que o santíssimo sacramento da Eucaristia seja defendido de toda irreverência e deformação, e todos os abusos sejam completamente corrigidos. Isto, portanto, é uma tarefa gravíssima para todos e cada um, excluída toda acepção de pessoas, todos estão obrigados a cumprir este trabalho. Qualquer católico, seja sacerdote, seja diácono, seja fiel leigo, tem direito a expor uma queixa por um abuso litúrgico, ante ao Bispo diocesano e ao Ordinário competente que se lhe equipara em direito, ante à Sé apostólica, em virtude do primado do Romano Pontífice. Convém, sem dúvida, que, na medida do possível, a reclamação ou queixa seja exposta primeiro ao Bispo diocesano. Para isso se faça sempre com veracidade e caridade.”


sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Self Service


Foto: O Concílio Vaticano II já dizia (Sacrossanctum Concilium, 22): “Ninguém mais, absolutamente, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica.”

Escreveu o saudoso Papa João Paulo II : (Ecclesia de Eucharistia, n. 52) “Atualmente também deveria ser redescoberta e valorizada a obediência às normas litúrgicas como reflexo e testemunho da Igreja, una e universal, que se torna presente em cada celebração da Eucaristia. O sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as normas litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso mas expressivo o seu amor à Igreja. (…) A ninguém é permitido aviltar este mistério que está confiado às nossas mãos: é demasiado grande para que alguém possa permitir-se de tratá-lo a seu livre arbítrio, não respeitando o seu caráter sagrado nem a sua dimensão universal.”

Também a Instrução Inaestimabile Donum, de 1980, afirma: “Aquele que oferece culto a Deus em nome da Igreja, de um modo contrário ao qual foi estabelecido pela própria Igreja com a autoridade dada por Deus e o qual é também a tradição da Igreja, é culpado de falsificação.”



O Concílio Vaticano II já dizia (Sacrossanctum Concilium, 22): “Ninguém mais, absolutamente, mesmo que seja sacerdote, ouse, por sua iniciativa, acrescentar, suprimir ou mudar seja o que for em matéria litúrgica.”

Escreveu o saudoso Papa João Paulo II : (Ecclesia de Eucharistia, n. 52) “Atualmente também deveria ser redescoberta e valorizada a obediência às normas litúrgicas como reflexo e testemunho da Igreja, una e universal, que se torna presente em cada celebração da Eucaristia. O sacerdote, que celebra fielmente a Missa segundo as normas litúrgicas, e a comunidade, que às mesmas adere, demonstram de modo silencioso mas expressivo o seu amor à Igreja. (…) A ninguém é permitido aviltar este mistério que está confiado às nossas mãos: é demasiado grande para que alguém possa permitir-se de tratá-lo a seu livre arbítrio, não respeitando o seu caráter sagrado nem a sua dimensão universal.”

Também a Instrução Inaestimabile Donum, de 1980, afirma: “Aquele que oferece culto a Deus em nome da Igreja, de um modo contrário ao qual foi estabelecido pela própria Igreja com a autoridade dada por Deus e o qual é também a tradição da Igreja, é culpado de falsificação.”


segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Comunhão sob duas espécies


Embora a Comunhão sob duas espécies tenha um significado simbólico expressivo (Redemptionis Sacramentum, n.100), a Santa Igreja tem a justa preocupação de evitar heresias e profanações, e por isso só permite a Comunhão sob duas espécies em casos particulares e sob rígidas determinações.

Por isso que o Sagrado Magistério, no Concílio de Trento (séc. XVI), definiu alguns princípios dogmáticos á respeito da Comunhão Eucarística sob as duas espécies; princípios estes que foram expressamente relembrados na Redemptionis Sacramentum (n. 100). Assim definiu o Concílio de Trento (n. 930-932): “Por nenhum preceito divino [os fiéis] estão obrigados a receber o sacramento da Eucaristia sob ambas as espécies, e que, salva a fé, de nenhum modo se pode duvidar que a comunhão debaixo de uma [só] das espécies lhes baste para a salvação. (…) Nosso Redentor, como ficou dito, instituiu na última ceia este sacramento e o deu aos Apóstolos sob as duas espécies, contudo devemos confessar que debaixo de cada uma delas se recebe Cristo todo inteiro e como verdadeiro sacramento.”

Partindo desses princípios, e da justa preocupação de evitar profanações, a Santa Igreja estabeleceu que somente em casos particulares seria ministrada a Sagrada Comunhão aos féis sob a aparência do vinho. Nesse sentido, afirma a Instrução Redemptionis Sacramentum (n. 101) que “para administrar aos fiéis leigos a sagrada Comunhão sob as duas espécies, devem-se ter em conhecimento, convenientemente, as circunstâncias, sobre as que devem julgar, em primeiro lugar, os Bispos diocesanos. Deve-se excluir totalmente quando exista perigo, inclusive pequeno, de profanação das sagradas espécies.”

A seguir, a mesma Instrução aponta as formas pela qual a Sagrada Comunhão sob duas espécies pode ser administrada (n. 103): “As normas do Missal Romano admitem o principio de que, nos casos em que se administra a sagrada Comunhão sob as duas espécies, o Sangue do Senhor pode ser bebido diretamente do cálice, ou por intinção, ou com uma palheta, ou uma colher pequenina.”

Em públicos maiores, tenho presenciado que normalmente a Comunhão Eucarística se por dá intinção, isto é, tomando-se o Corpo de Nosso Senhor na aparência do pão e intingindo-se na aparência do vinho. A mesma Instrução ordena que, para se ministrar a Sagrada Comunhão desta forma, “usam-se hóstias que não sejam nem demasiadamente delgadas nem demasiadamente pequenas e o comungante receba do sacerdote o sacramento, somente na boca.” (n.103) E ainda: “Não se permita ao comungante molhar por si mesmo a hóstia no cálice, nem receber na mão a hóstia molhada. No que se refere à hóstia que se deve molhar, esta deve ser de matéria válida e estar consagrada; estando absolutamente proibido o uso de pão não consagrado ou de outra matéria.” (n. 104) Infelizmente, tem se tornado “moda” uma espécie da Comunhão “self-service”, onde, com o Corpo de Nosso Senhor na aparência do pão na mão, o próprio fiel comungante faz a intinção na aparência do vinho. Pelas normas litúrgicas, em toda a preocupação que a Santa Igreja tem pelo manuseio do Corpo de Deus, esta prática é absolutamente ilícita, como fica claro no parágrafo acima. Mais ainda: esta irregularidade é apontada na mesma Instrução dentro da listagens dos “atos sempre objetivamente graves” por atentar contra a dignidade do Santíssimo Sacramento (n. 173).
                                            Natividade de Nossa Senhora

A Natividade de Nossa Senhora é a festa de seu nascimento. É celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E, no Ocidente, desde o século VII. O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria para ser o nosso Salvador.
No seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, o Pe. António Vieira diz: "Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança; os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes: para Senhora da Paz; os desencaminhados: para Senhora da Guia; os cativos: para Senhora do Livramento; os cercados: para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes: para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos: para Senhora da Graça; e todos os seus devotos: para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus". (Apud José Leite, S. J., op. cit., Vol. III, p. 33.).
Foto: Natividade de Nossa Senhora

A Natividade de Nossa Senhora é a festa de seu nascimento. É celebrada desde o início do cristianismo, no Oriente. E, no Ocidente, desde o século VII. O profundo significado desta festa é o próprio Filho de Deus, nascido de Maria para ser o nosso Salvador.
No seu Sermão do Nascimento da Mãe de Deus, o Pe. António Vieira diz: "Perguntai aos enfermos para que nasce esta Celestial Menina. Dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde; perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios; perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo; perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação; perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres; perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança; os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes: para Senhora da Paz; os desencaminhados: para Senhora da Guia; os cativos: para Senhora do Livramento; os cercados: para Senhora da Vitória. Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho; os navegantes: para Senhora da Boa Viagem; os temerosos da sua fortuna: para Senhora do Bom Sucesso; os desconfiados da vida: para Senhora da Boa Morte; os pecadores todos: para Senhora da Graça; e todos os seus devotos: para Senhora da Glória. E se todas estas vozes se unirem em uma só voz (...), dirão que nasce (...) para ser Maria e Mãe de Jesus". (Apud José Leite, S. J., op. cit., Vol. III, p. 33.).

cf.www.ecclesia.pt


“A recusa da Comunhão a um fiel que esteja ajoelhado, é grave violação de um dos direitos básicos dos fiéis cristãos. (…) Mesmo naqueles países em que esta Congregação adotou a legislação local que reconhece o permanecer em pé como postura normal para receber a Sagrada Comunhão, ela o fez com a condição de que os comungantes desejosos de se ajoelhar não seria recusada a Sagrada Eucaristia. (…) A prática de ajoelhar-se para receber a Santa Comunhão tem em seu favor uma antigatradição secular, e é um sinal particularmente expressivo de adoração, completamente apropriado, levando em conta a verdadeira, real e significativa presença de Nosso Senhor Jesus Cristo debaixo das espécies consagradas. (….) Os sacerdotes devem entender que a Congregação considerará qualquer queixa desse tipo com muita seriedade, e, caso sejam procedentes, atuará no plano disciplinar de acordo com a gravidade do abuso pastoral.” (Protocolo no 1322/02/L) Tal intervenção foi reiterada em 2003.
Também a instrução Redemptionis Sacramentum, instrução publicada pela mesma congregação em 2004, determina (n. 91): “Qualquer batizado católico, a quem o direito não o proíba, deve ser admitido à sagrada Comunhão. Assim pois, não é lícito negar a sagrada Comunhão a um fiel, por exemplo, só pelo fato de querer receber a Eucaristia ajoelhado ou de pé.”

sábado, 6 de setembro de 2014

                                Setembro: mês da [entrada da] Bíblia?

 

Já estamos em Setembro, o mês das Sagradas Escrituras. A ideia de ter um período para a Bíblia  tem como objetivo fazer a igreja estudar mais a fundo o que são os livros que compõe a Bíblia, sua origem, sua importância e, nesse processo, aprender que as Sagras Escrituras nasceram da Igreja e não o contrário. 

Objetivos à parte, o que se vê na prática litúrgica das paróquias é uma vontade de se dar destaque aos textos bíblicos, vontade esta legítima; todavia ela acaba sendo levada a cabo de maneira desastrosa.

Não raramente o mês da Bíblia se transforma do mês da "entrada" da Bíblia. Finda a oração do dia, ou mesmo depois da saudação do sacerdote, uma Bíblia ou um Lecionário é levado até o presbitério, por vezes o Evangeliário antes ou durante o Aleluia. Pode ser de maneira simples, com alguém andando pelo corredor central, pode ser cercada de velas, ou com balé, dentro de um coco, com uma menina sobre um "andor", com músiva e movimentos de capoeira, dentro de um carrinho de mão... nós sabemos muito bem como as equipes de liturgias e os folhetos litúrgicos sabem ser "criativos".

E é assim que o mês da Bíblia vira o mês da entrada da Bíblia, assim como em Maio tem a entrada de Nossa Senhora, Junho do Sagrado Coração de Jesus. E toda a riqueza do rito romano se resume a "entradas" temáticas, convertendo-se em pedagogia; e pedagogia velha: a mesma que adora umas plaquinhas com coisas escritas, comentários mais longos que as orações às quais deviam servir de introdução e alguém falando "de pé" e "sentados". Se na sua paróquia não tem nada do que foi mencionado nos últimos dois parágrafos, agradeça por que existem paróquias no Brasil em que mais se explica do que se reza, algo de dar inveja a Calvino!

Voltando à vontade legítima de dar destaque aos textos bíblicos, poderíamos citar algumas possibilidades lícitas e louváveis. A primeira é o uso do livro dos Evangelhos ou evangeliário, é um livro distinto do lecionário, que contém apenas os evangelhos dos domingos e principais solenidades.

Se se deseja usar o evangeliário em outro dia, pode-se "vestir" um lecionário, que contém os evangelhos de todos os dias como o evangeliário, com sua capa ricamente decorada. O evangeliário é levado um pouco elevado na procissão pelo diácono, na sua falta pelo leitor e posto sobre o altar. O evangeliário toma lugar na procissão entre clérigos e leigos, se o diácono que o leva deve ser o primeiro dos diáconos, se o leitor, o último dos leitores.  Ele pode ser posto "deitado" ou "de pé" sobre o altar, desde que não haja risco de ele vir a cair naturalmente.

Capa de evangeliário do século XII


Durante a aclamação ao Evangelho, o diácono, na sua falta o próprio sacerdote, vai até o altar, faz reverência e toma o livro e, omitindo-se nova reverência,e o leva para o ambão de maneira solene.

Nas igrejas menores em que o ambão está muito próximo do altar, convém fazer um caminho mais longo para ressaltar a solenidade do Evangeliário. Nessa procissão tomam lugar ainda o incenso e dois castiçais que tomam lugar nessa ordem à frente do evangeliário. Vale ressaltar que usam-se os castiçais, mesmo que já esteja ali o círio pascal aceso (como acontece no tempo pascal, exéquias e batismos).
 
 Procissão durante a aclamação ao Evangelho

No ambão, abre-se o livro. Diz-se a introdução e imediatamente antes do inicio do texto bíblico ele é incensado. Durante toda a proclamação, os castiçais com velas acesas permanecem junto do ambão.

Ao fim da proclamação, o diácono beija o livro ou, se for o Bispo a celebrar, pode levar o livro para que o Bispo o beije e abençoe o povo com o livro. O povo se inclina como que para a bênção final e traça sobre si o sinal da cruz.

Bento XVI osculando o evangeliário

 Papa Francisco abençoando os fiéis com o evangeliário

Salvo de for ordenação de diácono ou de bispo, o evangeliário retorna à sacristia. Além da procissão de entrada e durante a aclamação ao Evangelho, não se leva este livro em nenhuma outra procissão. O lecionário nunca é levado em procissão, salvo no rito de dedicação de igreja quando os leitores e o salmista levam-no até o Bispo e este, dizendo a fórmula "A palavra de Deus ressoe sempre..." o introduz na igreja a ser dedicada, o devolve ao primeiro leitor que o coloca no ambão. Essa é a única "entronização da Palavra" que existe. 

 Leitora entregando o lecionário ao papa na dedicação de uma igreja

A Bíblia propriamente dita nunca se leva em procissão, ela pode e é louvável que esteja presente na igreja, mas não toma parte dos ritos litúrgicos.

Dentro da liturgia existem ainda outros pequenos costumes que podem ressaltar as sagradas escrituras, como colocar o evangeliário deitado sobre o altar e, sobre ele estender o corporal e ali colocar o ostensório. Existe outros pequenos gestos, frutos de uma sadia criatividade que não deturpa o Rito, ao contrário, o enriquece.





  Bibliografia
  • Cerimonial dos Bispos: 128, 140, 141, 895;
  • Introdução Geral do Missal Romano (3ª edição): 60, 133, 134, 172, 175.
Leia também:

Salvem a Liturgia!
 
Seleção de perguntas e respostas (verdadeiras) sobre normas litúrgicas
Mais lido do mês de agosto

Seleção de perguntas e respostas (verdadeiras) sobre normas litúrgicas

http://bit.ly/missalromano

Seleção de perguntas e respostas (verdadeiras) sobre normas litúrgicas

1º É realmente necessário, na hora de rezar o Pai-Nosso, erguer as mãos como o sacerdote? Se sim, pq?

Pelo contrário! Não se deve erguer as mãos.

2º Na hora da comunhão o sacerdote deve sempre comungar primeiro?

Sim, e só a comunhão do celebrante é necessária para a licitude da Missa. Se os fiéis não comungarem, não há problema, mas o celebrante é obrigado.

3º O sacerdote pode, antes de comungar (logo após o Cordeiro de Deus), alertar os fiéis que estiverem em pecado que eles não poderão comungar?

Claro! Pq não poderia?

4º Nas missas durante a semana, é permitido trocar a primeira leitura por um trecho da vida de um santo? Pq eu fui até uma Igreja de São Francisco e lá eles leram a vida desse santo no lugar da primeira leitura...Eu achei mto estranho.

Estranho e ERRADO! É preciso fazer o que está no Missal, ler o que está no Missal... As leituras são as propostas, pelo Lecionário, para o dia (exceto em dias feriais do Tempo Comum, quando outras, em ocasião especial, podem ser escolhidas; ou nas Missas Votivas e Rituais, quando há Lecionário específico).

Aqui no Rio não se costuma levantar as mãos durante o Pai Nosso, mas é costume dar as mãos. Isto é errado?

Sim. O que não está previsto, não se deve fazer. Não há sentido litúrgico no ato, além disso.

Quando se ora: Por Cristo, com Cristo...levanta-se a mão ou não?

A chave para entender as normas litúrgicas é se perguntar: pra que serve tal ato?

Aplica nesse caso: qual o sentido de levantar a mão, estendendo-a ao altar? É tornarmo-nos participantes do oferecimento que o padre faz, não? Ora, se não se pode dizer a oração com ele, justamente porque o oferecimento é algo específico de sua condição sacerdotal, pq iríamos fazer a mesma coisa que dizer a oração, só que de outro modo (levantando as mãos)?

--> Neste ponto, um interlocutor tenta contra-argumentar:

"Levantar as mãos é uma atitude orante. Pode significar súplica, louvor e entrega a Deus." - Assim definem alguns autores.

É sabido que o Batismo e a Crisma conferem o Sacerdócio Comum dos fiéis (1Pd2,4-6); todos os fiéis são cooferentes do sacrifício do Cristo Sacerdote e são cooferecidos com Cristo Hóstia em cada Eucaristia.

É sabido também que a Doxologia Final é o verdadeiro e próprio ofertório da missa. 

Logo, o gesto de levantar as mãos nesse momento tem sentido. Pode não estar previsto no Missal, mas sentido tem. 

Por essa tua definição, o sacerdócio comum dos fiéis em nada se diferencia do sacerdócio hierárquico.

Reitero que não há sentido em elevar as mãos no "Por Cristo", nem em nome do sacerdócio comum dos fiéis, dado que tal ato é próprio do sacerdócio hierárquico. O "Por Cristo" nada mais é do que o oferecimento do sacrifício recém efetuado. Ora, é próprio do sacerdócio oferecer o sacrifício da Missa, que com a Cruz possui uma identidade substancial.

Entender que o gesto tem sentido à luz do sacerdócio comum dos fiéis é desvalorizar o sacramento da Ordem, e dessacralizar a Missa, já tão pouco crida e entendida como sacrifício. Os ritos da Missa devem apontar para a sua substância sacrifical e, para tal, colabora a previsão de palavras, gestos e cerimônias que ressaltem o sacerdócio hierárquico, o poder de tornar presente a Cruz durante a Missa, a ação in Persona Christi.

O modo pelo qual oferecemos, com o sacerdote, o sacrifício da Missa, é distinto. Tanto é assim que, em latim, o celebrante convida os fiéis, antes da Oração sobre as Oferendas: "Ora, irmãos, para que o meu e o vosso sacrifício sejam aceitos por Deus Pai onipotente." Não bastaria dizer "nosso" em vez de "meu"+"vosso"? Não. Pois essa distinção de termos implica na distinção de sacrifícios, na distinção de modos de participação no sacrifício. O padre sacrifica, oferecendo a substância do sacrifício da Cruz, tornando-a realmente presente. Nós sacrificamos pelo sacrifício de louvor, i.e., pela união com os sentimentos, a inteligência e a vontade de Cristo que no altar renova, de modo incruento, seu sacrifício.

É lícito ao sacerdote omitir as 2 leituras e o salmo da Missa de Domingo quando esta é a chamada Missa das Crianças?

A Liturgia da Palavra não pode ser mutilada. A supressão de leituras só ocorre, dentro das regras, e com suficiente motivo, na Solene Vigília Pascal.

Missa com Crianças NÃO tem rito próprio: apenas muda-se a Oração Eucarística, utilizando-se uma das duas que estão no Missal especialmente para tal.

A prática de suprimir leituras, embora comum, é proibida.

Na minha paróquia era comum o seminarista presidir a celebração da missa das 17h.

Se não é sacerdote, não é Missa. Missa é o sacrifício de Cristo na Cruz tornado novamente presente. Sacrifício pressupõe sacerdote. Sem sacerdote, não há sacrifício. Sem sacrifício não há Missa.

Insisto que não se trata de decorar regras litúrgicas, mas de entender a teologia por trás disso.

celebração pode ser feita por um seminarista??

Bem, ordinariamente, o Rito da Sagrada Comunhão com Celebração da Palavra de Deus, que é composto da Liturgia da Palavra e da distribuição da Santíssima Eucaristia, só pode ser feito quando não se pode celebrar Missa (seja porque o padre já celebrou no dia e não pode binar, seja porque não há tempo, seja porque o padre está suspenso da autorização de celebrar Missa, seja por qualquer outro motivo). Mesmo esse rito, que se chama, popularmente, de "celebração", deve ser feito por sacerdote e diácono. O leigo só pode presidi-lo em casos excepcionais, de falta de sacerdote mesmo.

Já uma celebração sem distribuição da Comunhão é um rito não-litúrgico e, como tal, pode ser presidido por leigos.

Sempre entendi que a Santa Ceia remete ao sacrifício da cruz. Entretanto já ouvi alguns defenderem a idéia de que já naquela última refeição Jesus ofertava realmente seu corpo e sangue, como se naquela ceia tivesse acontecido a primeira transubstanciação. Não entendo essa hipótese, porque o sacrifício ainda não havia acontecido.

Então pergunto, na última ceia, o que os apóstolos comeram e beberam já era o corpo e sangue de Cristo, ou era vinho e pão? Se já era corpo e sangue, como isso foi posível antes do sacrifício da cruz? 

Assim como a Missa atualiza o Sacrifício da Cruz, a Santa Ceia o antecipa.

Missa, Cruz e Ceia são uma só realidade, com a mesma identidade substancial. Assim como o Corpo e o Sangue de Cristo tornam-se presentes na Missa pela perpetuação da Cruz, igualmente tornaram-se presentes na Última Ceia pela antecipação da Cruz.

Por isso, os elementos foram, sim, transubstanciados.

Tenho dúvidas quanto ao momento em que dizemos: "Cordeiro de Deus que tirais..." 1. Ele pode ser cantado? Porque dependendo de onde assisto a missa, a equipe de música embala logo após o cumprimento da "Paz de Cristo".

Existem cantos na Missa e cantar a Missa. Toda a Missa pode ser cantada. Infelizmente, isso é raro no Brasil, ainda mais em latim.

O Cordeiro não é um canto de Missa, mas uma parte do Ordinário da Missa. Como tal, pode ser recitado ou cantado.

2. No momento em que proclamamos "Cordeiro de Deus..." não devemos estar virados para o altar? Complementando a primeira questão: porque ou quando o Padre diz "Cordeiro de Deus..." as pessoas ficam se abraçando ou quando a equipe de música canta as pessoas continuam dispersas...

Pois é... Aí um dos problemas da tal "música de paz", que não existe!

Outra coisa que me incomoda muuuuuuito é quando inventam de cantar: "Em nome do Pai, em nome do Filho, em nome do Espírito Santo..."

(erguendo os braços)
"Para louvar e agradecer, bendizer e adorar, te aclamar, (salva de palmas) Deus Trino de Amor!"

De fato, é antilitúrgico, e ainda um erro teológico, pois a invocação tradicional diz apenas uma vez "em nome de", para significar que, embora três Pessoas, é um só Deus.

Ou então quando alguém toma o microfone depois da oração pós-comunhão e começa com as invenções: "Agora eu queria..."

Se for depois da pós-comunhão não pode. Mas na Ação de Graças, é possível, sim, rezar orações em voz alta, e mesmo espontâneas, desde que ordenadas, calmas, sem euforia.

Não gosto nem quando

Não é nem questão de gostar, caríssimo. É desobediência mesmo.

em vez da invocação à Ssma. Trindade, o padre diz: "Bom dia".

Sim. A Missa não é para o povo, mas para Deus. Não é o padre falando com o povo, e sim o padre, com o povo, falando para Deus. Logo, o "bom dia" deve ser para Deus, hehehe, e esse "bom dia" é dado nas diferentes orações litúrgicas previstas. A saudação ao povo é dada no início, após o sinal-da-cruz, e é com ela que o padre deve saudar o povo.

Há um tempo li num site não-tradicionalista um professor dizendo que mulheres não devem fazer as leituras. Isto é correto? 

Não. A IGMR não proíbe, a Cúria Romana já disse que pode, os maiores especialistas em liturgia (entre eles, o Mons. Peter Elliott, que é minha fonte de consulta permanente) dizem que pode. Aliás, nas Missas do Papa seguidamente mulheres fazem leituras.

O que não pode é uma mulher receber o ministério ("ordem menor") de leitor. Mas servir como leitora em Missas, sem o ministério instituído, pode.

O momento imediatamente depois que comungamos, o que fazer? Uma oração de agradecimento? Pedidos? Um Pai-Nosso? Alguma outra oração específica para o momento? Ou essa parte é livre e de escolha individual? 

Fazer uma ação de graças, conforme a piedade de cada um. Agradece-se a Deus pelo dom recebido da presença de Cristo na alma. Pode-se pedir algo, contemplar, simplesmente, agradecer por outros favores, dialogar com Jesus.

Comunidades (paróquias, movimentos, associações) podem, após o período de silêncio necessário à ação de graças pessoal, ter um momento de ação de graças comum: um canto, uma oração etc.

Os membros do Regnum Christi, por exemplo, sempre rezam, individualmente, algumas das muitas orações sugeridas em nosso Manual: "Oração a Jesus Crucificado", "Oração de Clemente XI", "Oferecimento de Santo Inácio de Loyola", "Alma de Cristo", "Oração a Cristo Rei" etc. E, nas nossas Missas, além dessa ação de graças pessoal, rezamos, em comum e em voz alta, a "Oração pelo Papa" e a "Oração pelo Diretor Geral". Em determinadas solenidades, a "Oração pela fidelidade dos membros do RC e dos Legionários de Cristo".

Quando Nuestro Padre (o fundador dos Legionários) estava presente, ele costumava dirigir, espontaneamente os períodos de ação de graças, agradecendo em voz alta a Cristo pelo dom precioso da Eucaristia, que se faz morada em nossas almas. Algumas dessas orações por ele dirigidas foram gravadas e transcritas em forma de livro, "Oraciones de corazón a Corazón", o qual recomendo para que auxilie na ação de graças pessoal de cada um.

O breviário (o livro que contém a Liturgia das Horas, Ofício Divino) do rito novo (não sei se no antigo há) traz, como apêndice, algumas orações sugeridas para o sacerdote após a Comunhão (algumas delas são as que usamos no Manual de Orações do RC).

Eu fiz um encontro de formação com o Frei Joaquim Fonseca, Coordenador de música-litúrgica da CNBB, ele nos ensinou bater palmas no Glória, além de ensaiarmos uns minutos antes com a Assembléia, para q todos cantem. E eu 'sabia' que só na Quarema não podia bater palmas. Mas com o que escrevestes, pposso concluir que na Missa palmas não debem existir de maneira alguma? 

Na Missa não se bate palma. Missa é Cruz. Diante da Cruz, quem bateria palmas?

O tal frei pode ser assessor de liturgia da CNBB, mas continua errado. Aliás, isso só explica o motivo do estado lamentável de nossas celebrações. Aqueles que deveriam ensinar o certo são os primeiros a fazer o errado.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Escreve São Paulo: “Todo aquele que comer o Pão ou beber o Cálice do Senhor indignamente será réu do Corpo e do Sangue do Senhor. Por conseguinte, cada um examine a si mesmo antes de comer desse Pão ou beber desse Cálice, pois aquele que come e bebe sem discernir o Corpo do Senhor, come e bebe a própria condenação.” (ICor 11,27-29)
O Código de Direito Canônico diz que pode comungar “qualquer batizado, não proibido pelo direito” (cânon 912) A preparação primeira necessária para receber o Corpo de Nosso Senhor é a preparação interior, ou seja: estar em estado de graça, que significa estar em ausência de pecados mortais (Cat. 1385). Tal estado nos é dado quando recebemos o Sacramento do Batismo, e, após a queda em pecado mortal, através de uma Confissão bem feita (Cat. 1264; 1468-1470). A Santa Igreja também instituiu o chamado “jejum eucarístico” (isto é, estar a uma hora antes de comungar sem ingerir alimentos, a não ser água e medicamentos necessários, como especifica o Cânon 919).
É preocupante vermos filas para a Sagrada Comunhão tão longas, e filas para o confessionário tão pequenas…
Pior ainda quando não há sacerdotes disponíveis para os confessionários!