Paróquia Sagrada Família

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Presidente Epitácio, São Paulo, Brazil
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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A XIII Assembleia do Sínodo dos Bispos: A Nova Evangelização para a transmissão da fé - (Parte 2)




Muitos outros temas tratados: a necessidade de diálogo entre o Evangelho e o mundo da cultura, da ciência, das universidades; a missão importantíssima dos leigos cristãos; o valor e o testemunho da vida religiosa e contemplativa no nosso mundo secularizado; a NE e os direitos humanos, a liberdade religiosa, o direito e dever de proclamar o evangelho, a promoção humana, a opção pelos pobres, o cuidado com os idosos e doentes, migrações, valor e atualidade da doutrina social da Igreja.
                Com relação à vida interna da Igreja foram debatidos temas como: a urgente necessidade de conversão da própria Igreja (pastores e fiéis), a santidade dos evangelizadoresa iniciação cristã (pede-se a alteração na ordem dos Sacramentos de Iniciação), a catequese (sobretudo com adultos), os catequistas e seu ministério instituído, o valor do Catecismo¸ a recuperação do sentido sagrado do domingo e da beleza e dignidade da Liturgia (ars celebrandi), as peregrinações, a urgência da educação, a via da beleza (no Evangelho brilha a beleza suprema que tanto buscamos).
                A última parte das Proposições aborda o tema dos "agentes e participantes da NE": a diocese e pastoral orgânica, a paróquia como um dos eixos da NE, o importante papel dos fieis leigos (especial relevo às mulheres... solicitou-se a instituição do ministério feminino do leitorado...), a família cristã com suas crises e desafios, os jovens, o diálogo ecumênico, inter-religioso, diálogo entre fé e ciência, o átrio dos gentios (espaço de diálogo com os não crentes), o cuidado com o meio ambiente, etc.
                Tanto o texto da Mensagem do Sínodo como das Proposições insistem no otimismo que deve tomar conta dos discípulos de Jesus e não o desânimo ou derrotismo diante das grandes dificuldades de evangelizar o mundo de hoje. Devem ser transformadas em novas oportunidades de anúncio do Evangelho. É interessante, por exemplo, o texto da Mensagem a respeito da visão que a Igreja tem dos jovens: "Estamos preocupados, sim, com os jovens, mas não pessimistas; preocupados porque justamente sobre eles recaem as invectivas mais agressivas de nosso tempo, mas não pessimistas, antes de tudo porque brotam em nossos jovens as aspirações mais profundas de autenticidade, verdade, liberdade, generosidade das quais estamos convencidos de que só Cristo pode ser a resposta capaz de saciá-los" (no. 9).
                Bento XVI falou da "desertificação espiritual" que vivemos hoje. No deserto, as estrelas brilham mais na noite escura; assim também deve brilhar mais o Evangelho no deserto espiritual do mundo de hoje, para que todos sejam por ele iluminados. Nesse sentido, é invocada a proteção de Maria, estrela da Evangelização, modelo supremo de discípulo de Jesus.


A P Ê N D I C E: ALGUNS TEXTOS  (tradução não oficial e às vezes imperfeita...)

Texto da Mensagem nº 7. Evangelização e Família
Desde a primeira evangelização a transmissão da fé na sucessão das gerações encontrou um lugar natural na família. Nela - com um papel muito especial desempenhado pelas mulheres, mas com isto não pretendemos diminuir a figura paterna e a sua responsabilidade - os sinais da fé, a comunicação das primeiras verdades, a educação para a oração, o testemunho dos frutos do amor foram inseridos na existência das crianças e dos jovens, no contexto da solicitude que cada família dedica ao crescimento dos seus filhos. Mesmo se na diversidade das situações geográficas, culturais e sociais, todos os Bispos no Sínodo reconfirmaram este papel essencial da família natransmissão da fé. Não se pode pensar numa nova evangelização, sem uma responsabilidade específica em relação ao anúncio do Evangelho às famílias e sem lhes dar apoio na tarefa educativa. Não escondemos o fato de que hoje a família, que se constitui no matrimônio de um homem e de uma mulher, que os torna «uma só carne» (Mt 19, 6) aberta à vida, é atravessada em toda a parte por fatores de crise, circundada por modelos de vida que a penalizam, descuidada pelas políticas daquela sociedade da qual é contudo a célula fundamental, nem sempre respeitada nos seus ritmos nem apoiada nos seus compromissos pelas próprias comunidades  eclesiais. Mas precisamente isto nos estimula a dizer que devemos ter uma solicitude particular pela família e pela sua missão na sociedade e na Igreja, desenvolvendo recursos de acompanhamento antes e depois do matrimônio. Desejamos expressar também a nossa gratidão aos muitos esposos e famílias cristãs que, com o seu testemunho, mostram ao mundo uma experiência de comunhão e de serviço que é semente de uma sociedade mais fraterna e pacificada. O nosso pensamento dirigiu-se também às situações familiares e de convivência nas quais não se reflete aquela imagem de unidade e de amor para toda a vida que o Senhor nos ensinou. Há casais que convivem sem o vínculo sacramental do matrimônio; multiplicam-se situações familiares irregulares construídas depois da falência de precedentes matrimônios: vicissitudes dolorosas nas quais sofre também a educação dos filhos na fé. A todos eles queremos dizer que o amor do Senhor nunca abandona ninguém, que também a Igreja os ama e é casa acolhedora para todos, que eles permanecem membros da Igreja mesmo se não podem receber a absolvição sacramental e a Eucaristia. As comunidades católicas sejam acolhedoras em relação a quantos vivem tais situações e amparem caminhos de conversão e de reconciliação. A vida familiar é o primeiro lugar no qual o Evangelho se encontra com o dia-a-dia da vida e mostra a sua capacidade de transfigurar as condições fundamentais da existência no horizonte do amor. Mas é importante também para o testemunho da Igreja mostrar como esta vida no tempo tem um cumprimento que vai além da história dos homens e alcança a comunhão eterna com Deus. À mulher samaritana Jesus não se apresenta simplesmente como aquele que dá a vida, mas como aquele que dá a «vida eterna» (Jo 4, 14). O dom de Deus, que a fé torna presente, não é simplesmente a promessa de condições melhores neste mundo, mas o anúncio que o sentido último da nossa vida está além deste mundo, naquela comunhão plena com Deus que esperamos no fim dos tempos (segue texto sobre Vida Consagrada.

Pe. Luiz Alves de Lima, sdb – participante do Sínodo

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