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quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Reflexão na Web




Pode um cristão ser empresário?
É conhecida a determinação das comunidades católicas do século III, em não aceitar como cristãos, os comerciantes. É que naquela época não havia leis claras sobre medidas e pesos – o metro, o braço, o palmo, o pé, variavam de acordo com a vontade do comerciante - e não havia legislação suficiente por parte do poder público para coibir os abusos que se cometiam. (Hoje temos até o Código de Defesa do Consumidor). Depois a praxe mudou, por causa das parábolas de Cristo, que colocavam a atividade econômica como uma ação não pecaminosa. E as ameaças de Jesus contra os ricos devem ser entendidas, referindo-se a roubos, juros extorsivos,  lucros exorbitantes, e não  ao  simples procedimento financeiro. Na sociedade precisamos de todas as categorias profissionais: do guarda noturno, do lavrador, da empregada doméstica, do engenheiro, e também do empresário. Este organiza a produção, responde às necessidades da sociedade, e abre possibilidades de empregos. Nunca se pode afirmar que  um soldado raso  é  menos feliz do que um  produtor de máquinas agrícolas. Mas também precisamos de líderes empresariais. Sem eles a sociedade estagna, as famílias empobrecem, a nação começa a comprar de países mais empreendedores.

Vamos tirar da cabeça a idéia de que um cristão perfeito é aquele que reza, faz retiros, mas não deve “sujar” as mãos nas atividades mundanas da economia. Também vamos compreender para sempre de que o convite de Jesus “para vender tudo e dar aos pobres”  ( Lc 12, 33) se refere a um pequeno grupo que busca desenvolver-se , sem preocupações de dinheiro, como ele próprio fez. Mas Jesus não se refere à maioria da humanidade, que tem família para sustentar, precisa casa condigna para viver, precisa dar educação aos filhos. Tratar com dinheiro, com bancos, com cartões de crédito, é quase um imperativo. E mesmo, querer melhorar de vida não é atitude que briga com o ser cristão. Vai contra a mentalidade de Jesus enriquecer com dolo, enganar o semelhante, ou não querer trabalhar, e exigir tudo dos outros. “Saibam que a fadiga de vocês não é inútil no Senhor”  (1 Cor 15, 58). Respeitada a justiça e o direito, devemos trabalhar com afinco.

Fonte:Dom Aloísio Roque Oppermann scj
 Arcebispo de Uberaba - MG

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